quarta-feira, 16 de abril de 2008

My Blueberry Nights


O Rio amanheceu cinza. Tão cinza que do mirante do Leblon não se via Ipanema, não se viam as Ilhas Cagárras. Céu e mar no mesmo tom. Prata. Cinza. Gris. Uma cidade sem cor, colorida numa tela de cinema. Já no trailer, "How often do you find the right person? ... ONCE". Logo depois, Natalie Portman e Scarlett Johansson juntas em A Outra. Não precisa dizer muito mais, né?! Eis que então as cores quentes e belas transformam meu dia. My Blueberrry Nights. Um desses filmes que marcam. Uma sensação íntima com cada personagem, com cada estória. Rachel Weisz me surpreendeu. Nunca a admirei, a achava uma boa atriz e c'est tout. Mas na pele de Sue Lynne, a mulher dá um show. E todas aquelas nossas certezas ficam tão incertas diante do que é fatal. E morremos. Vivas. Natalie Portman sempre sempre sempre incrível. E linda. E a cada personagem, mais ela nos convence parecer ser feito pra ela. E só pra ela. Ninguém a faria melhor. Norah Jones estréia como atriz. E banca. Com propriedade. Tenho aprendido aos poucos a gostar do Jude Law. E o Jeremy contribuiu ainda mais pra isso. Na medida certa. Com toda ternura. Até Cat Power dá o ar da graça como Katya. Bonita. David Strathairn nos presenteia com um Arnie sofrido, que luta, a seu modo, mas deixa de apostar suas fichas quando a porta se fecha. Muitas portas. Todas se fecham e abrem outras paisagens. E talvez seja exatamente isso. Fechar portas, seguir caminhos diferentes, se descobrir e voltar para abrir outras novas. A trilha sonora completou meu encantamento. E hoje, sinto que durmo transformada. Por pessoas e por suas singelas e intensas emoções.

...


Acho que a implicância com o Jude Law é porque talvez o achasse bonitinho, mas ordinário. Um cara que trai a Sienna Miller é no mínimo ordinário. Não?

Hã?!

2 comentários:

Anônimo disse...

Novos caminhos e novas portas. Acredito nisso.

Luiza Rudge Zanoni disse...

você sim entende disso.
não sei o porquê fui tentar escrever sobre algo que não entendo.

VS.