sexta-feira, 23 de julho de 2010

Velho Mundo


Viajar é uma das melhores coisas da vida. E a Europa é uma vertigem. A cada vez que venho, mesmo quando revisito lugares por onde já estive, minha sensaçao é sempre de absoluto torpor, diante de tanta beleza e tanta riqueza histórica. Imaginar tudo o que já rolou em cada pedacinho desse velho mundo nos abre um novo olhar pra tudo!


Dessa vez, meu destino imediato foi Londres, cidade que amo, onde já morei e por isso, é a dona dos meus maiores encantos no continente. Continua me tirando o fôlego, como da primeira vez. Continua me dando taquicardia. Andei muito a pé pela cidade. iPod fazendo a trilha dos meus caminhos pela capital britânica, pelas charmosas ruas, pelos parques deliciosos, pela vida que eu gostaria de ter. Além da tradicional chuvinha, peguei 2 dias lindos de sol e céu azul. Comi bem, bebi muitos Jacks e misturei prazer e negócios. Reuniões musicais em Candem pra trazer talentos brasileiros pros londrinos. A vitrola rolou solta numa tarde de música, soul, drinks e rock'n'roll. E minha passagem por Londres foi musicadeliciosetílica!

Da Inglaterra, passamos pela Bélgica. Nunca gostei muito do país, confesso, apesar de comer-se muito bem em Bruxelas. Acho os belgas antipáticos e o lugar meio frio. Mas passei longe de Bruxelas e fui de novo a Brugges. Cidade pequenininha, medieval, gostosinha. Paradinha só pra almoçar, porque nosso destino era mesmo a Holanda, e assim seguimos para Amsterdam.

Well, well, os drug addicteds se deliciam por aqui. Eu, que sou só alcóolatra, não acho esse encanto todo. A cidade é linda, com seus prédios tortos e seus canais todos, mas sempre suja. Como tá calor, os hippies estavam numa alegria louca! O bairro vermelho ( onde as putas ficam todas se exibindo nas vitrines ) estava lotado de meninoe e meninas querendo se divertir e beber e fumar unzinho. Woodstock pode ser aqui. ( E de novo não visitei a casa da Anne Frank, que merda! )

Da Holanda pra Alemanha. Pirei! Conhecia Munique, mas não tinha ficado embasbacada. Dessa vez a coisa foi diferente. Leipzig é pequena, mas já mostra uma Alemanha de encher os olhos. Uma cidade que foi completamente destruída na Segunda Guerra e totalmente restaurada. Um povo lindo de morrer e simpático. Uma diversidade de cores e culturas. Os parques lotados de jovens e velhos e crianças e sorrisos. Uma alemã bonita com seu cartaz de FREE HUGS. Fui lá abraça-la e de quebra ganhei um beijo. Muita cerveja nas mesas dos bares, muitas risadas ecoando, comida excelente, cidade já tatuada em mim. Subindo o Reno, fomos pra Frankfurt e mais uma cidade pra me desassossegar. O velho e o novo misturado. Mais gente bonita, gente talentosa, muita música boa, encantos e Frank! Os dias passam rápidos quando você está vivendo o que chama de felicidade. Berlin. Incrível, claro. E com muita personalidade. Uma cidade forte, que já viveu muita porradaria. De dia fui pra história, pro muro, pro campo de cocentração, pra todas as experiências fortes que você precisa viver quando está numa cidade que carrega tudo isso. A noite, tomei uns whiskeys com os amigos músicos e ouvi suas estórias, através de seus olhares e de tudo o que lhes foi tirado, julgado, marcado. Há momentos ricos assim, em que você, no meio de uma conversa, descobre coisas novas sobre os outros, sobre o mundo e sobre você mesmo. A Alemanha me trouxe isso.

De lá para a República Checa. Praga! Linda, claro, mas não me arrebatou. Talvez por conta da expectativa, talvez por estar totalmente abestada com o que tinha acabado de viver em terras germânicas. Depois um pulo rápido na Eslováquia, pra almoçar, já que é caminho pra Viena e pra conhecermos esses novos países velhos, depois da separação. Bratislava, cidade a beira do Danúbio, mas também não me emocionou.

Agora estamos em Viena. Ainda não posso dar minhas impressões, porque acabei de chegar e me joguei, exausta, na cama do hotel. Já já...

terça-feira, 18 de maio de 2010

domingo, 7 de março de 2010


Quase todos os dias eu sou tomada pela mesma sensação, pela minha vontade imensa de viver outra vida, em outro porto, outra paisagem. Tudo novo, tudo diferente. Deixar pra trás essa angústia, essa melancolia que me acompanha, essa insatisfação crônica, essa solidão. Mas já não me basta viver no meu mundo, no meu universo paralelo, já não me basta me transportar pra esse mundo, dedicado aos meus delírios e desatinos, às minhas fugas imaginárias. Eu tenho é vontade de ir embora todos os dias. Um exílio. Eu tenho vontade de um exílio.

Na vitrola - "Lay Around" - The Jealous Girlfriends

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009


O peso do mundo
é o amor.
Sob o fardo
da solidão,
sob o fardo
da insatisfação.
O peso
o peso que carregamos
é o amor.

( Ginsberg )

sábado, 5 de dezembro de 2009

Do lado de cá


Eu antes escrevia mais. Mas a vida foi correndo e eu fui ficando sem ar. Isso não é relevante, eu sei. Pouca coisa é. Quase nada.


Eu sou da turma que rabisca palavras pra ter um pouco de fôlego. Anestesia. Alívio. Como uns copos de whisky. Como algumas canções. Como dormir e sonhar sonhos bons.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

C'mon baby, rock me all night long!


C'mon baby, let the good times roll 
C'mon baby, let me thrill your soul 
C'mon baby, you're the best there is
Roll all night long. 

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Hoje na Folha de São Paulo


Atriz faz esquetes no YouTube



DA REPORTAGEM LOCAL

Carolina Ferraz coleciona histórias de amor. De encontros, de desencontros, do que dá certo e vira casamento feliz e do que dá errado e vira mágoa prolongada. Ouvidas das conversas de amigos, tiradas de trechos de livros ou de pedaços de músicas, essas histórias se transformam em vídeos, disponibilizados no YouTube desde a semana passada.

O projeto "Histórias de Amor" (www.youtube.com/user/historiasdeamorcf) reúne vídeos de cerca de dez minutos em que a atriz, em cenários simples, interpreta casos e acasos entreouvidos por aí - é a atuação de forma mais simples e natural, sem efeitos ou edições mais trabalhosas.

Três histórias foram colocadas no YouTube até agora. O destaque vai para a de Sofia, 37 anos, publicitária, divorciada, 15 anos de terapia, sem filhos, mas com um cachorrinho yorkshire.

"O projeto surgiu da necessidade que tenho de fazer coisas diferentes. São histórias que ouvi de amigas, vi nos filmes, li nos livros e assim por diante", disse à Folha Carolina, que faz o projeto com sua empresária, Daniela Alvares.

"Quando conheci um pouco mais da internet, me apaixonei, e a vontade de produzir foi uma consequência."

A trajetória de sucesso na televisão poderia ter servido de trampolim para a empreitada? "Teoricamente sim, pois tenho todos os contatos e conheço como funciona o veículo, mas não é tão simples, as grades televisivas estão todas ocupadas, é muito demorado e difícil emplacar um projeto."

Ela lembra que já produziu 26 programas para a televisão -"Mulher Invisível" foi veiculado pelo canal pago GNT. "Realmente nada é tão generoso nesse aspecto quanto a internet. Nós mesmas produzimos, editamos e postamos! Não é incrível?!" Segundo Carolina, a repercussão superou todas as expectativas. Entre sexta e segunda passadas, o canal teve cerca de 15 mil acessos.

"Estamos recebendo centenas de e-mails com os mais variados temas sobre amor. E olha que legal: muito mais homens que mulheres. Os rapazes querem ser ouvidos também."

Carolina ainda não sabe o que será feito a partir do YouTube. "Ainda não pensei sobre isso, muita gente está sugerindo que vire programa de televisão! Eu quero mesmo é ler muitas histórias e compartilhar com as pessoas essa experiência com a maior liberdade possível."

Ao usar o YouTube, a atriz cria um novo canal de comunicação com os espectadores. "Como todos os meios de comunicação, você pode usá-lo de uma maneira legal e criativa ou de uma maneira errada e eticamente questionável, mas para mim é um novo espaço que posso usar para tentar criar e me comunicar", afirma. (DA)