Viajar é uma das melhores coisas da vida. E a Europa é uma vertigem. A cada vez que venho, mesmo quando revisito lugares por onde já estive, minha sensaçao é sempre de absoluto torpor, diante de tanta beleza e tanta riqueza histórica. Imaginar tudo o que já rolou em cada pedacinho desse velho mundo nos abre um novo olhar pra tudo!
Dessa vez, meu destino imediato foi Londres, cidade que amo, onde já morei e por isso, é a dona dos meus maiores encantos no continente. Continua me tirando o fôlego, como da primeira vez. Continua me dando taquicardia. Andei muito a pé pela cidade. iPod fazendo a trilha dos meus caminhos pela capital britânica, pelas charmosas ruas, pelos parques deliciosos, pela vida que eu gostaria de ter. Além da tradicional chuvinha, peguei 2 dias lindos de sol e céu azul. Comi bem, bebi muitos Jacks e misturei prazer e negócios. Reuniões musicais em Candem pra trazer talentos brasileiros pros londrinos. A vitrola rolou solta numa tarde de música, soul, drinks e rock'n'roll. E minha passagem por Londres foi musicadeliciosetílica!
Da Inglaterra, passamos pela Bélgica. Nunca gostei muito do país, confesso, apesar de comer-se muito bem em Bruxelas. Acho os belgas antipáticos e o lugar meio frio. Mas passei longe de Bruxelas e fui de novo a Brugges. Cidade pequenininha, medieval, gostosinha. Paradinha só pra almoçar, porque nosso destino era mesmo a Holanda, e assim seguimos para Amsterdam.
Well, well, os drug addicteds se deliciam por aqui. Eu, que sou só alcóolatra, não acho esse encanto todo. A cidade é linda, com seus prédios tortos e seus canais todos, mas sempre suja. Como tá calor, os hippies estavam numa alegria louca! O bairro vermelho ( onde as putas ficam todas se exibindo nas vitrines ) estava lotado de meninoe e meninas querendo se divertir e beber e fumar unzinho. Woodstock pode ser aqui. ( E de novo não visitei a casa da Anne Frank, que merda! )
Da Holanda pra Alemanha. Pirei! Conhecia Munique, mas não tinha ficado embasbacada. Dessa vez a coisa foi diferente. Leipzig é pequena, mas já mostra uma Alemanha de encher os olhos. Uma cidade que foi completamente destruída na Segunda Guerra e totalmente restaurada. Um povo lindo de morrer e simpático. Uma diversidade de cores e culturas. Os parques lotados de jovens e velhos e crianças e sorrisos. Uma alemã bonita com seu cartaz de FREE HUGS. Fui lá abraça-la e de quebra ganhei um beijo. Muita cerveja nas mesas dos bares, muitas risadas ecoando, comida excelente, cidade já tatuada em mim. Subindo o Reno, fomos pra Frankfurt e mais uma cidade pra me desassossegar. O velho e o novo misturado. Mais gente bonita, gente talentosa, muita música boa, encantos e Frank! Os dias passam rápidos quando você está vivendo o que chama de felicidade. Berlin. Incrível, claro. E com muita personalidade. Uma cidade forte, que já viveu muita porradaria. De dia fui pra história, pro muro, pro campo de cocentração, pra todas as experiências fortes que você precisa viver quando está numa cidade que carrega tudo isso. A noite, tomei uns whiskeys com os amigos músicos e ouvi suas estórias, através de seus olhares e de tudo o que lhes foi tirado, julgado, marcado. Há momentos ricos assim, em que você, no meio de uma conversa, descobre coisas novas sobre os outros, sobre o mundo e sobre você mesmo. A Alemanha me trouxe isso.
De lá para a República Checa. Praga! Linda, claro, mas não me arrebatou. Talvez por conta da expectativa, talvez por estar totalmente abestada com o que tinha acabado de viver em terras germânicas. Depois um pulo rápido na Eslováquia, pra almoçar, já que é caminho pra Viena e pra conhecermos esses novos países velhos, depois da separação. Bratislava, cidade a beira do Danúbio, mas também não me emocionou.
Agora estamos em Viena. Ainda não posso dar minhas impressões, porque acabei de chegar e me joguei, exausta, na cama do hotel. Já já...